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A morte de uma garotinha de apenas 12 anos comoveu a todos que presenciaram as buscas, bem como o desespero da família, a qual reside em Itapoá há aproximadamente um mês. A menina foi arrastada por uma corrente de retorno neste último dia 14 à tarde, sendo encontrada horas depois de iniciadas as buscas, nas quais foram utilizados todos os equipamentos disponíveis, incluindo a aeronave da Polícia Militar.

Os bombeiros alertam para o perigo constante, orientando a população de formas preventiva, porém infelizmente, muitas vidas são ceifadas pelas águas, causando forte comoção a todos.

Correntes de retorno (Lagamar)

Umas das principais causas de afogamento nas praias são as correntes de retorno, ou lagamares. Nos locais onde não existem guarda-vidas ou bandeiras de sinalização indicando a presença dos mesmos, os banhistas devem ficar atentos para os sinais de perigo:

  1. Água marrom e descolorada, devido à agitação da areia do fundo, causada pelo retorno das águas;
  2. Água com tonalidade mais escura, devido à maior profundidade, sendo atrativas para banhistas desavisados;
  3. Água mais fria após a linha de arrebentação, significando o retorno de águas mais profundas;
  4. Ondas quebram com menor frequência ou nem chegam a quebrar, devido ao retorno das águas e à maior profundidade;
  5. Local onde ocorre a junção de duas ondas provindas de sentidos opostos;
  6. Local por onde o surfista experiente geralmente entra no mar;
  7. Nas marés baixas, formam ondas do tipo buraco, alimentadas pela água em seu retorno;
  8. Pequenas ondulações na superfície da água, causando um rebuliço, em virtude da água em movimento (pescoço da vala);
  9. Espuma e mancha de sedimentos na superfície, além da arrebentação, onde a vala perde a sua força (cabeça da vala);
  10. Ocupação de uma faixa maior de areia, devido ao maior volume de água, provocando uma sinuosidade ao longo da praia (boca da vala);
  11. Escavações na areia, formando cúspides praiais em frente às valas;
  12. Perpendiculares à praia, podendo apresentar-se na diagonal;
  13. Delimitam ou são delimitados por bancos de areia;
  14. Mais difíceis de serem identificadas em dias de vento forte e mares agitados;
  15. Mais evidentes em marés baixas;
  16. Perda da força de 5 a 50 metros após a linha de arrebentação;
  17. Composição em três partes: boca ou entrada, pescoço e cabeça;

Se por ventura cair em uma vala, não entre em pânico, nade diagonalmente no sentido da corrente até conseguir escapar. Um banhista cansado ou com habilidade limitada deve flutuar para dentro do mar, até a cabeça da vala, nadar paralelo a areia por 30 ou 40 metros e então prosseguir em um trajeto perpendicular à praia, pelo baixio (banco de areia), onde as ondas facilitarão a saída do mar (fluxo de água no sentido da areia). Nadadores fortes devem traçar um ângulo de 45 graus a favor da corrente lateral e nadar em direção à praia. Mesmo os melhores nadadores não devem nadar contra as correntes de retorno. Deve-se sempre observar as ondas, pois quando elas se rompem (quebram), formam espumas que não têm sustentação para permitir a flutuação. Se uma onda for “quebrar em sua cabeça” e não houver como escapar dela, encha os pulmões de ar, prenda a respiração, afunde, mantenha a calma e só tente subir após a forte turbulência ter passado.

As maiores causas de afogamento são pânico e exaustão. Se a praia possui guarda-vidas, levante seus braços para chamar atenção, mas nunca nade contra a corrente de retorno… Não importa o quão bom nadador você seja, você nunca vai ganhar do oceano.

Texto: https://pt.wikipedia.org/ com adaptações da redação

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