Com tempo ocioso para criar novos golpes, e celulares ‘liberados’, presidiários lesam construtores de todo o País.
Tudo começa com um simples telefonema. Os marginais pegam aleatoriamente o número de um material de construção da cidade, e após se passar por um rico fazendeiro, solicita o número de telefone de um construtor conhecido que possam indicar, dizendo ser do Mato Grosso, e que recém comprou uma fazenda no Município, motivo pelo qual não conhece ninguém. No afã de ajudar um de seus clientes, o atendente repassa o número de um de seus conhecidos, afirmando que o mesmo é confiável.
De posse dessas informações, o bandido liga para o construtor utilizando o nome do atendente do material de construção, afirmando que quer construir um barracão e uma nova casa para seu caseiro em uma fazenda recém comprada próximo ao município de atuação do construtor. Por telefone repassa um nome de fazenda com informações falsas para localização, e pede para o mesmo vir até o local naquele dia, pedindo a confirmação do construtor da hora de saída do mesmo.
Ao tomar conhecimento que o trabalhador está vindo, o marginal liga para a vítima dizendo que seu funcionário foi buscar uma madeira com seu caminhão em uma cidade próxima, e que carregou demais, tendo estourado dois pneus, solicitando que o construtor deposite para o funcionário a quantia de R$400 para que o mesmo pague o borracheiro, prometendo pagar a quantia assim que chegar à fazenda, pois evitaria que ele tenha de se deslocar até a cidade para realizar o depósito.
Quase a totalidade das vítimas realiza o depósito, já que o interlocutor é persuasivo e convincente, aliado a indicação da Loja de Materiais de Construção, que da credibilidade ao falso fazendeiro. Após rodar horas entrando de fazenda em fazenda, a vítima acaba retornando para casa amargando o prejuízo. Graças à utilização de localizadores, é possível constatar que as ligações têm origem nos presídios, em especial o de Dourado no Mato Grosso do Sul, porém sem a identificação do autor.